segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Street Fighter II

Segunda de Games - 52 de 52 - 360 de 366

Claro que não vou descrever Street Fighter II aqui, isso já foi feito até demais. Eu amo o assunto e como é quase fim do 366POP vou sair um pouco do meu normal e falar de mim, pois é. Street Fighter II e eu, uma longa história juntos.

Lá no começo dos anos 90, quando se pagava pra jogar em locadora, o grande vídeo game da época que todos iam lá para jogar era o Super Nintendo, o jogo: Street Fighter II. A outra opção era jogar no fliperama. Mesmo que o port para o Super Nintendo seja coisa linda de deus, o original do arcade era muito superior. Mas uma hora na locadora do Super Nintendo custava 10x menos do que se colocaria de ficha no mesmo período no arcade. Fora que aqui na região existia UMA máquina de Street Fighter II (que eu conhecia, e sem contar as versões rainbow e tal).



Conheci o jogo na locadora, vi um pessoal jogando, acho que a primeira vez foi na Mega Games. PArecia incrível, nunca tinha visto nada como aquilo. Um cenário fechado, dois personagens se enfrentavam. Uma garota com pompons em volta da cabeça e pernas grossas e um cara com uma máscara e uma guarra. No fundo uma grade e gente vendo a luta atrás da grade. Depois um monstro verde e amarelo lutando com um cara de cabelo espetado e uma tatuagem de bandeira dos Estados Unidos no braço.

Fiquei maravilhado com aquilo. Aluguei a versão merda do Nintendinho, era um port pirata, mal feito e ruim de jogar, mas era o que tinha.

Em pouco tempo os Super Nintendos de espalharam por todas as locadoras, que já tinham se espalhado uma década antes com o boom do vídeo cassete.


Eu amava essa música do final especial. Meu hino em 1994. Tá, nem tanto, mas perto disso. 

Eu fiquei obcecado por Street Fighter II. Lia tudo que encontrava, na oitava série eu tinha um estojo de Street Fighter II. Claro que era zuado por isso, (eu era zuado por tanta coisa que uma a mais nem faria diferença). Nenhuma imagem encontrada, então vamos a uma pequena descrição (sim, é importante para a história). O estojo era desses de lona com zíper, a estampa era de um mangá do Street Fighter II, em japonês.

Lá para o final do bimestre, uma nova garota entrou na minha classe da oitava série. Nessa época eu tinha os quadrinhos, o RPG (começando) e meu Super Nintendo. O resto dos meus dias de adolescente eram só chatos. Aporrinhado na escola e tal. Então ela chegou, uma garota vinda do Japão. (não digo nomes aqui). Depois de um ou dois dias espiando para trás, para ela, sem saber como puxar assunto. Tudo que eu sabia era o que tinham dito na apresentação dela, morou no Japão. Olhei para o estojo e bam! Era isso! Levantei, peguei o estojo e pedi para ela ler para mim o que estava escrito. Foram bons dois ou três meses depois disso. Mas o final, foi uma grande merda, como sempre. Sem novidades. Depois daquele ano só a vi no exame de motorista, ao qual eu reprovei e feio. Ela passou, então nunca mais soube dela.

Outra história com Street Fighter II foi essa daqui:
Minha terceira tatuagem, feita em 2005. 

Outras memórias envolvendo Street Fighter II. Conheci meu primo quando ele completou 7 anos de idade, a festa foi em um buffet, e nesses lugares sempre tem aquelas máquinas velhas em free play, e lá estava um Street Fighter II: Champion Edition. A primeira coisa que ensinei para meu primo foi jogar Street Fighter II. Posteriormente, muitos anos depois, ensinei Sociologia e Arte para ele (fui professor dele no Ensino médio). Mas acredito que ele não aprendeu realmente nenhuma das 3 coisas.

Comprar o Street Fighter RPG foi um grande desafio na minha vida, sim, o jogo é horrível, mas mesmo assim né, fã é fã. Eu heguei a mestrar uma campanha de Street Fighter. Revi alguém que eu gostava muito (vai, adivinha o resultado? Pois é). Mas no que foi o ultimo dia da campana, estávamos todos lá, ninguém sabia que era o último dia da campanha, até aquele momento nem eu, começamos o jogo no meio da tarde e os planos iam até a manhã seguinte. Estava um calor dos inernos, acho que era janeiro (não tenho certeza), o ano 2008 (eu acho). A coisa ia bem, não no jogo, tudo estava chato, nunca tinha visto tanto jogador ruim e chorão junto, mas esse não era meu objetivo lá. O que ia bem era o relacionamento, pelo menos eu achava até aquele momento. A garota, lá pelas 10 horas da noite disse que não jogaria a noite, ia sair com as amigas. Eu já estava frustrado e cansado, então, em meia hora de jogo MATEI TODOS OS CANALHAS! Desci até a estação no escuro e peguei o trem de volta pra casa. Depois disso o primo dela contou pra garota que eu gostava dela desde antes, da outra vez que ele tinha vindo pras regiões de cá e eu a conheci. Ela me xingou um pouco pra ele (tá, foi muito, muito mesmo, do tipo que você deveria entrar para a Legião Estrangeira se tivesse um pouco mais de vergonha na cara). E fim, muitos anos depois a vi num evento aqui perto, eu cumprimentei, ela não.

E a última vez que joguei Street Fighter II em uma máquina foi num bar, eu estava muito bêbado, muito mesmo. Um amigo, pelo menos na época, e por mais algumas semanas a partir daquele dia, me desafiou. Peguei a Chun-Li. Ele foi de Ryu. Foi um fucking massacre. Mesmo sem enxergar direito eu o espanquei miseravelmente. Lindo de se ver. Ele voltou com mais uma ficha e pegou o Vega (versão americana), todo mundo sabe o que significa pegar o Vega no Champion Edition, apelão do cacete. Nunca tiramos a terceira luta, e acredito que nunca iremos.

O que eu já escrevi sobre Street Fighter Nesse Blog:


E pouco antes de escrever este texto eu estava jogando Street Fighter V. Já são 2/3 da minha vida jogando SF. 

2 comentários:

  1. Primeira vez que ouvi falar de SF foi pelo meu irmão mais velho, eu estava na 4a série de não me engano, e ele estudava no colégio militar que era no centro do RJ. Então ele sempre chegava em casa com um monte de novidades, a maior parte sobre miniaturas (que chamávamos de rebellion) e RPG, mas nesse dia ele chegou contanto sobre um jogo de luta. Diferente dos arcades que eu tanto gostava (gosto) não era Beat n up, e sim vs, como nos filmes do van Damme. Era por nacionalidade e o brasileiro era um monstro. Fiquei intrigado pela ideia, e como só jogava arcade nas férias passei a desenhar os personagens e consumir revistas sobre o assunto. Naquelas férias foi o ano do SF, jogava bem com a chunli devido a agilidade, mas de fato não me identifiquei com os personagens, também, naturalmente por ser contra a moda acabei migrando pro primo do SF, gostava dá estória do Terry (nem por isso no futuro me tornei um jogador de KOF). Alguns anos depois me apaixonei pelo mk e seu estilo de filme trash. Foi um verão de amor pelo SF, mas de fato não era pra ficarmos juntos.

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  2. Texto incrível. A pessoa que escreveu é muito inteligente e talentosa.
    Gosto muito desse blog. Peço desculpas por não escrever sempre elogiando, não sou de escrever, mas abri uma exceção.
    Parabéns.

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