sábado, 14 de janeiro de 2012

RPG como arma educativa...


Muitos jogadores, com uma certa experiência, podem agradecer ao RPG(o de mesa por favor!) por algum desenvolvimento benéfico em suas vidas. Sabendo disso, escrevo esse artigo para falar um pouco sobre esse assunto. Todos já devem ter lido algum artigo comentando sobre como o RPG pode ser utilizado como instrumento na educação, saúde e muitos outros pontos, que não o lazer propriamente dito como o fazemos. Por isso mesmo que venho aqui relatar uma experiência com essa interação, já que não é muito mostrado esse acontecimento.

Sou professor de artes e normalmente acabo que por utilizar em minhas aulas de teatro os jogos improvisacionais, que não são nada mais, nada menos que RPG puro e simples.

Viola Spolin utilizava desse instrumento para instruir imigrantes na cidade de Chicago, fazendo com eles representações de acontecimentos ou objetivos (quests?) pelas quais eles passariam no dia a dia naquela cidade, tornando-os mais preparados para interagir com a cultura diferente a qual iriam encarar.   



Vou contar um pouco da experiência, optei por não citar nomes (para não ser vítima de um processo judicial rs). Esse ocorrido foi em meados de 2008 quando lecionava em uma oitava série (agora nono ano) de uma escola de tempo integral aqui da cidade.
Uma das coisas que mais escutava durante as reuniões de professores era sobre o problema que os alunos tinham em resolver questões simples de matemática e outras matérias. Decidido a melhorar isso, e sem contar a ninguém da direção, comecei a adicionar, durante os jogos de improvisação, ocorridos onde certos alunos (já estabelecidos nas minhas anotações durante as reuniões de professores) tinham que resolver problemas relacionados as suas deficiências durante sua improvisação.
Que variava dês de fazer cálculos rápidos até a resolver equações que bloqueavam portas secretas (tudo na cena contada por mim). Fiz esses joguetes durante 1 bimestre, sem saber o que acontecia durante as aulas de matemática, e foi que na outra reunião os professores comentaram sobre a melhora gradual desses alunos em suas matérias.
O processo foi continuado durante o resto do ano e os efeitos dos jogos só foram melhorando as capacidades de cada aluno.

Vê-se que o RPG pode ser direcionado a desenvolver alguma função que não só o lazer e sim o desenvolvimento próprio de cada pessoa, o incentivo a leitura, a perda do medo de falar em público, o exercício da criatividade e do coletivismo. Todos nós jogadores temos algo de bom a contar sobre como o RPG nos ajudou, mas não podemos esquecer que podem existir coisas ruins quando ele é mal direcionado(como qualquer coisa na vida).

Gostaria que comentassem sobre suas vivencias com o RPG, sobre como ele te ajudou ou mesmo como ele não te ajudou.

Tobias Griever

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...