Uma coisa interessante é como nossa visão de mundo é moldada por filmes e séries. Como achar que todo mundo no Oeste americano andava armado ou que na idade média as pessoas conseguiam manter todos os seus dentes na boca. Mas, não culpo os filmes, eles são filmes e é pra entretenimento que eles servem. As vezes essas coisas acabam até mudando os costumes, uma vez o sensei Jorge Kishikawa disse que os samurais não davam golpes desembainhando sua katana, cortando e a colocando de volta na bainha. Mas, como isso acontecia nos animes e deixavam a coisa toda popular, pessoas passaram a treinar esse movimento.
A mesma coisa acontece com a música do Hawaii. Aquela música que sempre escutamos em filmes e séries, principalmente nos filmes dos anos 50 não é exatamente a música tradicional havaiana. Mas, se você tivesse como ir para o Hawaii nos anos 60 é o que iria escutar. A música havaiana tradicional era bem difícil de encontrar. Mas ai entra os Sons of Hawaii.
3 excelentes músicos de popularidade e carreira e mais um garoto prodígio. Eles começam o grupo em 1960 e se tornam extremamente populares, a proposta é focar na música tradicional havaiana. O grande empecilho que a banda teve é que nenhum de seus membros falava havaiano. Eddie Kamae, o tocador de ukulele, entre trocentas outras coisas, sai pesquisando a língua, os costumes e as músicas tradicionais na área rural. Isso gera uma recuperação da música e costumes havaianos e só aumenta o sucesso do Sons of Hawaii. Sons of Hawaii teve muitas trocas de membros, tudo pode ser lido na Wikipedia, mas não vejo motivo pra reproduzir isso aqui. Ela durou até os anos 90 com bastante sucesso. Seus membros seguiram carreiras e sucesso na banda e fora dela.
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