terça-feira, 7 de abril de 2015

Um mundo bastante complicado


O mundo está ficando cada vez mais complicado, e isso não necessariamente é uma coisa ruim. Nem me refiro aos conflitos externos e internos, digo do mais superficial (e que ninguém se importa de fato) da cultura pop.

Um dia desses, passando pelo centro de Jundiaí, vi um cara aleatório com um corte de cabelo daqueles com coisas escritas raspadas em baixo relevo. O cabelo do fulano dizia: Gustavo Lima. Até aí tudo bem simples, o fato dele usar uma camiseta do Metallica é que mostra um mundo bem complicado. As antigas regras não existem mais, talvez na cabeça de alguns mais radicais apenas, All Star não é mais símbolo de punk da Califórnia, é só um tênis, e símbolo de trocentos movimentos diferentes. Uma amiga me disse ontem que escutou adolescentes discutirem sobre Star Wars em um ônibus, até aí tudo bem, mas esses moleques não são os nerdões como eu, são garotos regulares, populares, as coisas todas se misturaram muito, muito mesmo. Essas regras antigas, e inventadas, não mais fazem sentido. Essa mesma amiga me disse no inverno passado que a tendência da moda era o new grunge, durmam com essa fãs do Kurt Cobain. Não briguem comigo, eu também gosto de grunge e Nirvana, só acho que uma moda não desmerece em nada uma geração, um movimento e uma banda.

E é só isso? Não, ainda tem a complicação musical.

Que o rock tem um pé na fantasia e na cultura pop isso ninguém nega. Antes de Blind Guardian e Rhapsody (of Fire[nunca me acostumei com esse nome novo{malditos advogados!}]) cantarem sobre elfos e senhor dos anéis, os hippies já amavam aquele universo fantástico e bandas como Marillion já se chamou Silmarillion (mas a família Tolkien faz o que a família Tolkien faz melhor [ameaçar de processo]) e eles viraram Marillion. Isso em 1979. E o Uriah Heep, formada no final dos anos 60, lança em 1972 o disco Demons and Wizards, e nele está a música The Wizard, mais fantasia medieval impossível. Fora que o Black Sabbath cantava sobre filmes de terror, e até nos anos 50 essa mistura de cultura pop já aparecia no Rock, como disse, sem novidades para ninguém. Quando bandas como CossbySweater(aqui) I Fight Dragons(aqui), Protomen(aqui) e No More Kings(aqui) aparecem não causam nenhuma grande estranheza, tudo já caminhava pra isso.


 
 

E o Hip Hop?

O Hip Hop segue por outro caminho, mais na sua, e não vou entrar muito nesse caminho, desconheço muito dele, e sempre que se precisa falar de Beast Boys elevasse os ânimos de alguns (como se alguém lesse essa merda de blog). Simplificando: O Rap e Hip Hop não flertam tanto com a cultura pop assim, fora o Beast Boys, que tem músicas e clips inspirados em filmes antigos. E então aparecem caras como MC Lars e Wordburglar? 

Mc Lars tem mais de uma música sobre Edgar Alan Poe e seu último lançamento é sobre Game of Trhones. Wordburglar tem um disco (inteiro) sobre Gi Joe (Comandos em Ação). 






O mundo mudou, as fronteiras que foram abaladas por uma galera criativa que misturava tudo está caindo de uma vez. Não reclame que estragaram algo falando dela, Mainstrain ou não, isso não importa, escute e assista o que você gosta e não critique o gosto alheio. Nesse vídeo Nostalgia Critic ele fala muito bem sobre o assunto. Não seja um chato implicante, fã de Beatles, Manowar, Tolkien ou Rap. É tudo cultura pop, estamos no mesmo barco.   

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