O que é: Livro de Gerald Jones onde ele expôe uma outra visão sobre as brincadeiras violentas e violência na mídia para crianças. Não é só a opinião de Jones, ele usa muitos argumentos de pesquisas sociais, psicológicas e psiquiátricas, e sua experiência com mídia. Mesmo não sendo um cientista Gerald Jones não parece fugir da lógica e sua argumentação é coerente e cheia de exemplos pessoais e científicos.
Como já disse Christian Gurtner em seu excelente Podcast Escriba Café: "Eu quero acreditar, mas para acreditar eu preciso antes duvidar". O que me fez ler o livro com o sen tido aranha ligado ao máximo, eu já concordava com as ideias do autor antes de ler, e precisava de atenção redobrada para não ser logrado. Vai que eu e Gerald Jones estamos errados.
Eu gostei muito do livro, e ele me convenceu mais de que a violência ficcional não cria monstros como também é necessária para a formação segura da criança, que não tendo poder acaba descobindo nas brincadeiras de matar monstros sua maneira de controlar e se sentir poderosa e segura. Os medos quando transformados em imagens combatíveis.
Eu tinha desistido das tirinhas do Fantasma Pessoal, já havia desenhado algumas novas e resolvi não publicá-las, não queria deixar as pessoas que as lessem se sentindo mal. Acreditei mesmo por um bom tempo nisso, que falando dos medos e frustrações mais pesados e colocando tudo isso como personagem principal eu estaria deixando o leitor pior. Quando li Brincando de Matar Monstros eu entendi que estava muito errado. Eu não estava piorando nada, se o leitor voltou para ler mais uma tirinha é por que ele precisa disso, ele quer, absorver essa história. E mais, dando uma forma para os medos como de um Fantasma bobo das histórias infantis eu torno para mim e para quem mais se identificar com a história e problemas.
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crítica do Omelete
Concordo! Já aplicava este conceito sem saber.
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