segunda-feira, 15 de maio de 2017

Bill Nye e sua tentativa de salvar o mundo.


Um tempo atrás, acho que duas semanas, um trecho do novo programa do Bill Nye, Bill Nye Saves The World do Netflix estava sendo comentado no Twitter.

O trecho é esse aqui:

os comentários gerais eram de que Bill Nye agora é um lacrador e deixou de fazer ciência de verdade. Claro que isso já leva para a velha discussão direita x esquerda, lacração, muito perdido e todas essas coisas que escutamos o tempo todo.

Eu admito que estranhei, não achei ruim, mas era bem diferente do que eu conhecia de seu consagrado Eureka. ANtes de escrever qualquer coisa, por isso da demora, tinha que assistir ao programa. Vi o primeiro episódio para ter uma ideia de contexto e então procurei o tal episódio polêmico, mas nem tanto assim, sobre sexualidade. 

De contexto a coisa mudou completamente, Bill Nye Saves The World, que está sendo duramente criticado por não ser o Eureka, não é o Eureka. Não é voltado para o público infanto juvenil como o antigo programa era, não tem tantos experimentos. É mais uma explanação e debate. Não deixa de ser relvante, não deixa de ser didático e não deixa de ser ciência, só não é o Eureka. 

O primeiro episódio sobre aquecimento global foi bastante claro, sem apelação sentimental, direto ao ponto, estamos fodidos se isso não mudar. 

E o tal programa sobre sexualidade? 

Episódio 9. 

Bill faz um monte de trocadilhos sem graça sobre sexo, o que por serem propositalmente sem graça funcionam. O programa mostra uma matéria feita na Coreia do Sul sobre o K-Pop e como isso tem mudado uma sociedade bastante conservadora sobre como homens e mulheres devem se portar. No segmento principal Bill explica a diferença entre sexo, gênero, orientação sexual e auto expressão. Tudo com dados, tudo com embasamento científico. Ele não tira dados do cu para defender uma ideia. Além disso ocorre a animação dos sabores dos sorvetes, debate e a tal música que você já viu ai em cima. Admito que o segmento do debate foi ruim, no programa de aquecimento global ele foi bem mais longo, aqui não houve tempo, mas [e um programa de TV, existe tempo e ele é curto. 

Fora do contexto estranhei, lembrava de Eureka, no contexto faz todo sentido. 

A diferença de lacrar, como eu odeio esse termo fora do contexto original, e de ciência não está no tema, falar de sexualidade não significa lacrar, não deve ser aceito ou questionado imediatamente por isso, deve ser visto, pensado, analisado e comparado, checar dados e fontes, enfim, como deveríamos fazer com tudo. 

Não é só por não concordar ou por um grupo de pessoas exageradas e histéricas falarem daquele tema que deve ser descartado. Não é difícil de checar informações, a internet e o Google estão ai pra isso. 

E sobre o uso de uma música para ilustrar um ponto de vista, isso já acontecia no Eureka. 

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