2017 no cinema, e quanta desgraça, muita desgraça. Filmes que falam do futuro tem aos montes, faz parte da aventura, da ficção científica e de tantos outros gêneros. Mas quando se vive o bastante as datas do futuro vão chegando, De volta para o Futuro II já é passado faz um ano e meio. Agora é a vez de 2017 virar presente.
O filme em português recebeu o título de: A Justiceira, mas esqueça, ninguém chama esse filme pelo nome nacional, é tão estúpido e genérico que todo mundo pensa que você está se referindo ao seriado com a Malu Mader
Começando por Barb Wire de 1996, adaptação de uma série de quadrinhos da Dark Horse, e de uma estranha maneira um remake de Casablanca.
Barb Wire é um enorme sutiã, é basicamente isso, todo o enredo, cenas, sequencias e atores estão lá para sustentar os seios e as cenas da Pamela Anderson fazendo alguma coisa sexy. E isso inclui praticamente tudo, tomar banho, atirar, andar, pular por janelas, etc. O filme só desiste disso na péssima sequencia de perseguição final em que simplesmente botam um capacete no dublê na moto e foda-se. Essa sequencia que nem vemos a Pamela Anderson é tão genérica que poderia estar em qualquer filme dos anos 90.
No futuro, agora presente de 2017, os EUA se tornaram uma nação dividia pela Segunda Guerra Civil, que nunca veremos no filme, tá, só por uma cena estúpida da Pamela Anderson maquiada e vestida como soldado em um helicóptero. Outra coisa que nunca veremos é a ameaça da arma biológica ou até mesmo o tal governo corrupto. Esse é um filme que fala muito e mostra pouco, tá mais ou menos, o filme é bastante explícito no que se trata dos seios da Pamela Anderson. E esse é o grande motivo do filme existir, e só.
Barb Wire é uma caçadora de recompensas que vive em Steel Harbor, a ultima cidade livre dos EUA. Lá ela dirige um bar chamado Hammerhead, tem uma cachorra chamada Camille, um irmão cego chamado Charlie e um gerente/garçom e braço direito bastante clichê.
E clichê define esse filme, nossa, quanto clichê! Até o clichê do vilão caindo para a morte tem, e pior, duas vezes seguidas! Isso mesmo, os dois vilões do filme morrem de queda. E falando dos vilões, genérico define. São tipo nazistas recauchutados, com seus uniformes pretos, luvas de couro, quepes com detalhes em metal prateado, até um tipo de águia estilizada tem nos quepes. E os vilçoes importam? não, nem um pouco, é tão genérico como o filme todo.
Pamela Anderson como Barb Wire é exatamente o que se espera, ela está linda, e é pra isso que tudo serve, até a constante troca de figurinos sem nenhum motivo aparente. Sério, na primeira sequencia do bar, isso dá uns 15 minutos de filme, ela troca de figurino 4 vezes. Todos sexys, todos fetichistas, e todos em preto... não vou reclamar disso né. As interpretações são totalmente sem nenhuma emoção, o que lhe dá um ar de badass em algumas cenas, mas no resto do filme é só ruim.
O plote do filme é qualquer coisa que nem dá pra se importar. A tal arma biológica que é um tipo de AIDS que mata em 12 horas só tem uma cura, que está no DNA da tal Cora D, que é além de única possuidora da tal cura, um símbolo para os rebeldes.Ela precisa fugir para o Canadá em um voo, mas para passar pelos leitores de retina precisa de lentes de contato especiais que um traficante de coisas (acho) levaria para ela e seu marido Alex. Por um monte de coincidências e por Alex ser o ex-namorado de Barb Wire ela acaba no meio dessa trama maluca.
Barb wire tenta se manter neutra na disputa, num equilíbrio complicado de poder entre os fora da lei de Steel Harbor, a polícia, os rebeldes e alguns congressistas que passam por lá. Esse equilíbrio é quebrado com a chegada de Alex, então ela precisa agir fora da sua zona de conforto.
A tal guerra civil que nunca aparece é entre os congressistas e os rebeldes, como já dito antes, os congressistas são os nazistas genéricos, os rebeldes são genéricos rebeldes cyberpunks, até a líder deles, Spyke, tem um tipo de implante para poder falar. Em nenhum momento a rebelião mostra pra que veio, estão lá para morrer, e isso o que fazem.
O filme é ruim, sem dúvida, mas além da Pamela Anderson ele é divertido em alguns pontos. O visual totalmente clichê nos anos 90 de couro preto, fetichismo cyberpunk e luzes azuladas da primeira metade do filme na época era estúpido, mesmo que em algumas cenas a fotografia seja bonita (não só da Pamela), mas com o passar do tempo, ver essas cenas é um tipo de saudosismo divertido.
As duas primeiras sequências de ação são boas, principalmente a segunda, é claro, é uma sucessão de clichês e estupidez, mas funciona visualmente e pelo saudosismo. Pena as sequências finais de ação serem tão bunda. Barb Wire nasceu nos anos 90 e não nega isso. O que era um grande problema em 1996 é deliciosamente tosco e saudosista 20 anos depois.
Outro ponto alto é a trilha sonora, totalmente anos 90 e bem marcada no filme, é divertida, leva a ação em muitas partes e dá uma identidade tardia ao filme. Ela tem artistas que tinham algum sucesso nos anos 90, mas estão bastante esquecidos agora; Talvez o único nome que seja prontamente lembrado seja o de Tommy Lee, na época marido de Pamela Anderson. Não vou escrever sobre a trilha sonora aqui, ela merece um post só pra ela. Pois é, um filme ruim desses rendendo 2 posts longos.
É um filme para se ver? Sim, estranhamente sim, é horroroso, cheio de coincidências e uma trama completamente jogada que copia o clássico Casablanca. Se você não tem muito tempo, veja Casablanca, se tem tempo sobrando como eu, gosta da estética dos anos 90 e quando era adolescente apaixonado pela Pamela Anderson veja esse filme. O filme é fácil de conseguir, achei em pouco tempo em 1080p na locadora do Paulo Coelho.
(ok, pode xingar, nos anos 90 já recebia críticas por dizer que achava a Pamela Anderson bonita, imagina em 2017).
Trailer:
Outras críticas:
Nostalgia Critic:
Mais algumas críticas:
Links:
Esse filme falha em tudo, logo é uma boa trasheira dos anos 90.
ResponderExcluirSó não falha em uma coisa hahaha. Daquilo que o filme te lembra o tempo todo: Pamela Anderson tem peitos.
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