quinta-feira, 12 de maio de 2016

Street Fighter The Storytelling Game

Quinta de generalidades - 19 de 52 - 133 de 366.

Por algum motivo estranho, fora do Japão, qualquer coisa relacionada a Street Fighter II era adaptada da maneira mais inusitada, e as vezes errada possível. Talvez na tentativa de ocidentalizar, talvez naquelas de tentar arrancar o máximo de dinheiro com o mínimo de esforço. Sei lá, mas os resultados as vezes eram desastrosos, como os dois filmes e o desenho animado, as vezes nem dá pra dizer que são ruins, como os bonecos tipo GI Joes, as vezes desafiam o bom senso e o bom gosto, como as hqs feitas pela Malibu Comics, e as vezes é a opção mais estranha possível.

Foi o caso do RPG de Street Fighter.

Faria muito sentido se fosse para Gurps, que já contava com suplementos que tornariam toda a adaptação bastante fácil. Mas não, SF acabou no sistema mais não voltado para combate que se tinha na época, o Storyteller.

Pois é, aquilo que servia para Vampiros e Lobisomens acabou virando um RPG estranho e dependendo do caso, até chatinho de usar as regras.

O jogo foi lançado em 1994, meio que aproveitando o hype do filme, aqui no Brasil demorou 5 anos pra aparecer, o que não estava muito longe da média da época. Foi uma bagunça de direitos autorais e trocentos suplementos lançados um em cima do outro, o que claro, deu em cagada. Aqui o RPG saiu no formado mais barato possível, com artes tiradas da internet e ignorando totalmente a arte original do livro, que não era primorosa como seus irmãos das trevas, mas até que era legal.

O jogo era uma bagunça de regras de combate e outras pericias, tinha até movimento de assinatura. O que precisava ser adaptado acabou não sendo, ficava entre algo, as vezes descaracterizado e algo totalmente engessado. Divertido? Sim, se você soubesse fazer, ignorar coisas e usar um bocado de regras da casa.

Nos EUA parece que o SF RPG está bem esquecido, aqui existem comunidades que o mantém vivo.

Links:
http://www.sfrpg.com.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Street_Fighter:_The_Storytelling_Game 
https://sfrpgbrasil.wordpress.com/

2 comentários:

  1. Essa matéria parece ter sido escrita por alguém que nunca jogou ou que nunca entendeu. O jogo tem, sim, suas falhas, sobretudo no cenário, já que alguns eventos nem eram conhecidos fora do Japão e outras coisas a Capcom nem tinha criado ainda, como o Ansatsuken (tanto que no anime SF2 Movie é listado como Karate o estilo de Ryu e Ken). Contudo, o sistema de combate é primoroso, e a ideia de resolver tudo num único rolamento, já adicionados/subtraídos modificadores, é ágil e virou norma alguns anos mais tarde, inclusive no próprio Storytelling. Ainda, sobre as artes, a Trama tinha acordo com a Romstar e usou artes oficiais da Capcom, nada dessa história de "tiradas da internet". Os livros nacionais são lindos, um padrão gráfico que nenhum RPG tinha em 1999. Mesmo alguns suplementos importados são bem bonitos, como o Secrets of Shadoloo. É um RPG memorável e por isso que tem fãs até hoje. Inclusive, tem adaptação das manobras do jogo até pra RPGs modernos, como Savage Worlds.

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    1. Cara, na boa, aceito sua divergência de opinião, mas eu conheço muito bem essa porra, li e joguei isso ai, comprei os fascículos e a encadernada, baixeis os pdfs e em nenhum momento disse que os livros com a arte original era feio, só o nacional que ficou esquisito pacas. E sim, o subtrair somar realmente era bom, mas já era usado. O que me incomoda é que tinha trocentos golpes e deixava o combate chato. Não acho uma adaptação de Street Fighter impossível, na verdade o cenário é bem legal, mas se prender a detalhes como movimentos de assinatura que deixaram o jogo bem meh. Se você se refere aos RPGs nacionais em 1999, ehhh tá, dá pra dizer que a impressão do Street Fighter RPG era acima da média, mas não dá pra dizer que um livro sem uma fucking arte original, Ou quase nenhuma, é graficamente primoroso.

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