Quinta de generalidades - 19 de 52 - 133 de 366.
Por algum motivo estranho, fora do Japão, qualquer coisa relacionada a Street Fighter II era adaptada da maneira mais inusitada, e as vezes errada possível. Talvez na tentativa de ocidentalizar, talvez naquelas de tentar arrancar o máximo de dinheiro com o mínimo de esforço. Sei lá, mas os resultados as vezes eram desastrosos, como os dois filmes e o desenho animado, as vezes nem dá pra dizer que são ruins, como os bonecos tipo GI Joes, as vezes desafiam o bom senso e o bom gosto, como as hqs feitas pela Malibu Comics, e as vezes é a opção mais estranha possível.
Foi o caso do RPG de Street Fighter.
Faria muito sentido se fosse para Gurps, que já contava com suplementos que tornariam toda a adaptação bastante fácil. Mas não, SF acabou no sistema mais não voltado para combate que se tinha na época, o Storyteller.
Pois é, aquilo que servia para Vampiros e Lobisomens acabou virando um RPG estranho e dependendo do caso, até chatinho de usar as regras.
O jogo foi lançado em 1994, meio que aproveitando o hype do filme, aqui no Brasil demorou 5 anos pra aparecer, o que não estava muito longe da média da época. Foi uma bagunça de direitos autorais e trocentos suplementos lançados um em cima do outro, o que claro, deu em cagada. Aqui o RPG saiu no formado mais barato possível, com artes tiradas da internet e ignorando totalmente a arte original do livro, que não era primorosa como seus irmãos das trevas, mas até que era legal.
O jogo era uma bagunça de regras de combate e outras pericias, tinha até movimento de assinatura. O que precisava ser adaptado acabou não sendo, ficava entre algo, as vezes descaracterizado e algo totalmente engessado. Divertido? Sim, se você soubesse fazer, ignorar coisas e usar um bocado de regras da casa.
Nos EUA parece que o SF RPG está bem esquecido, aqui existem comunidades que o mantém vivo.
Links:
http://www.sfrpg.com.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Street_Fighter:_The_Storytelling_Game
https://sfrpgbrasil.wordpress.com/