terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Abrigo Nuclear 1981

 Terça feira é dia de filme 7 de 52 - 47 de 366

E mais um filme nacional, 3 seguidos ein? Até que não sou tão americanizado, alienado e superficial como alguns pensam de mim, ou talvez seja mesmo, tanto faz.

E mais uma vez, um review (olha, escrevi review, sou americanizado mesmo) de filme que só existe o meu na internet. Só existe o meu porque ninguém quer assistir ou ler sobre, mas tudo bem, essa é minha vida, esse é o meu clube da luta.

Abrigo Nuclear é um filme sobre a população vivendo no subterrâneo depois de um apocalipse nuclear. O filme foi produzido em 1979 e lançado em 1981. A população vive alocada no subsolo e comandada pelo tirano Avo.

 Ele é um tipo de crítica ao programa nuclear brasileiro. Sim, aquele Angra 1, 2 ... e esse enrosco continua. O filme é dirigido por Roberto Pires, que adora essas coisas de ecologia.

A coisa toda se complica quando um cientista que explora a superfície descobre que o colapso da sociedade subterrânea irá acontecer em breve. Ele relata para os seus superiores, e ao invés de acreditarem nele é afastado e mandado calar-se sobre o assunto. Ele só conta com um grupo de amigos para salvar todos que vivem no subterrâneo.

No melhor estilo 1984 os habitantes do subterrâneo nem acreditam que um dia a superfície foi habitável, mesmo que saibam que existam usinas nucleares na superfície. Duplipensar? não, provavelmente só um furo gigante no roteiro. A energia no subterrâneo é produzida por usinas nucleares, e o que fazer com seu lixo? Esse é umas das dúvidas dos heróis do filme. Outro problema é vencer a censura automática, Avo, e liberar as informações sobre a superfície para a população.

E tem um tal de memorizador, um domínio cibernético nuclear, um cara que vive sozinho, meio que pelado na superfície, é aquele cientista do começo, agora vive pelado perto do mar, que por algum motivo é mais seguro viver perto de água salgada.

Como uma boa ficção científica ruim, e coisa da época também, o visual de tudo é meio perdidos no espaço, todos vestem macacões brancos, luzes e botões coloridos fazendo barulhinhos de computador de Star Trek e muito papo cheio de termos científicos jogados.

Como filme é mais organizado e fácil de entender do que Estação 88, mas é mais lento, e o didatismo de explicar cada coisa que acontece é constante e um tanto irritante.

Não só é possível reconhecer um ou outro ator, mas como é possível reconhecer muitas vozes. Acredito que muitos dubladores participaram do filme.

E pra quem quiser, eis o filme completo aí no youtube. 


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