quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Gostar e odiar mídias


Uma das vantagens de ficar mais velho (pelo menos é esperado) que se fique menos idiota, por idiota entenda um monte de coisas, mas a questão do momento é o ódio pelo gosto dos outros.

Quando se é adolescente é meio que esperado que se saia por aí criticando o gosto alheio, aquilo que é diferente do seu mundo, em outras palavras, adolescente é chato pra caralho. O problema começa quando se continua assim na vida adulta, é o que se costuma chamar de hater.

A minha postura de adulto em relação ao ódio é que ele gasta tempo e energia. Então o reservo pra coisas mais importantes. E nada na cultura pop é tão importante assim, já escrevi sobre isso aqui. Nota: Não odiar não é a mesma coisa que gostar de tudo, não gostou, ignora, gaste seu tempo procurando o que gosta. Mais uma vez, falo de cultura pop, não de questões de vida ou morte.

E a vantagem de não sair por aí odiando tudo é não pagar a língua. Quando apareceu o  dubsmash, fui lá, dei uma olha, achei bobo e ignorei. Não escrevi textão no Facebook, não reclamei muito no twitter. Aquilo só não me dizia muita coisa. Talvez eu fosse a geração errada, público errado. Também não saí criticando quem curtiu.

O que aconteceu com o dubsmash é o que acontece com qualquer mídia. O que lhe define é seu uso. E foi isso que os elencos de Agente Carter e Agentes da Shield provaram.Além de fazerem vídeos épicos ajudaram com caridade.

Links:
https://www.crowdrise.com/dubsmashwars
http://fangirlish.com/recapping-how-team-carter-won-the-agent-carteragents-of-s-h-i-e-l-d-dubsmash-war-of-2015/

Explorar as mídias toma tempo, energia e algum dinheiro. Mas odiar tem gastos parecidos, só que nenhum retorno. E não, gostar de algo não é sinal de fraqueza. E brincar de raposa e uvas é bastante chato.

Ilustração de Vitaliy Gonikman. produtos com essas e outras ilustrações AQUI

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