quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Corrida dos Idiotas


Maniqueísmo é uma coisa até legal nas hqs que eu leio, ou naqueles filmes do Errol Flynn. É legal ver um vilão muito do mal apanhando do herói incorruptível. Mas maniqueísmo é como magia, ótimos na ficção, mas sem espaço no mundo real.

Algumas discussões bem idiotas que tenho presenciado apoiam-se na ideia que existe o bem e o mal na política. Não discordo de que as pessoas tenham suas convicções políticas, e mesmo quando discordo da opinião defendo o direito a tê-la e expressá-la.

Essa discussão política que parece a briga das torcidas do Bumba meu Boi é extremamente cansativa, além de perigosa, e acima de tudo hipócrita. Defender seu lado justifica tudo. Até não ter lido um livro.

Eis o caso:

Alexandre Frota, aquele ator lá, soltou um vídeo defendendo Bolsonaro pra presidente. Frota é um idiota, Bolsonaro é outro idiota, não compartilho com a opinião, por isso mesmo nem linkei o vídeo aqui.

Num determinado ponto do vídeo, esta é a parte que realmente importa pra essa história toda, Frota critica a educação baseada em Paulo Freire. Ok, não sou grande fã do Freire também, nãopelos motivos que o Frota disse no vídeo, aquilo parece muito vago e teoria da conspiração pra mim.

Eis que um colega de faculdade, não revelarei quem, escreve criticando o Frota, até aí tudo bem e defendendo o Paulo Freire. Até aí tudo bem também. O problema é que eu conheço o cara em questão, e garanto que ele não chegou nem perto dos malditos livros do Freire (acho que de livro nenhum). Eu li aqueles malditos livros do Freire, eu poderia escrever críticas, não muito profundas admito, mas que teriam alguma base de defesa teórica. Claro que eu seria massacrado, e nem quero isso.

O caso todo é, Frota ataca Freire, pelos argumentos no achismo, e o tal colega de faculdade o defende, no achismo também, simplesmente por Freire ser Garantido e frota ser Caprichoso.

A promotoria encerra. 

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Gostar e odiar mídias


Uma das vantagens de ficar mais velho (pelo menos é esperado) que se fique menos idiota, por idiota entenda um monte de coisas, mas a questão do momento é o ódio pelo gosto dos outros.

Quando se é adolescente é meio que esperado que se saia por aí criticando o gosto alheio, aquilo que é diferente do seu mundo, em outras palavras, adolescente é chato pra caralho. O problema começa quando se continua assim na vida adulta, é o que se costuma chamar de hater.

A minha postura de adulto em relação ao ódio é que ele gasta tempo e energia. Então o reservo pra coisas mais importantes. E nada na cultura pop é tão importante assim, já escrevi sobre isso aqui. Nota: Não odiar não é a mesma coisa que gostar de tudo, não gostou, ignora, gaste seu tempo procurando o que gosta. Mais uma vez, falo de cultura pop, não de questões de vida ou morte.

E a vantagem de não sair por aí odiando tudo é não pagar a língua. Quando apareceu o  dubsmash, fui lá, dei uma olha, achei bobo e ignorei. Não escrevi textão no Facebook, não reclamei muito no twitter. Aquilo só não me dizia muita coisa. Talvez eu fosse a geração errada, público errado. Também não saí criticando quem curtiu.

O que aconteceu com o dubsmash é o que acontece com qualquer mídia. O que lhe define é seu uso. E foi isso que os elencos de Agente Carter e Agentes da Shield provaram.Além de fazerem vídeos épicos ajudaram com caridade.

Links:
https://www.crowdrise.com/dubsmashwars
http://fangirlish.com/recapping-how-team-carter-won-the-agent-carteragents-of-s-h-i-e-l-d-dubsmash-war-of-2015/

Explorar as mídias toma tempo, energia e algum dinheiro. Mas odiar tem gastos parecidos, só que nenhum retorno. E não, gostar de algo não é sinal de fraqueza. E brincar de raposa e uvas é bastante chato.

Ilustração de Vitaliy Gonikman. produtos com essas e outras ilustrações AQUI

terça-feira, 6 de outubro de 2015

uma década e meia assistindo CSI


Acabei de ver o último episódio de CSI. Foi um bom episódio, se, dúvida, uma ótima volta de um grande persoangem Gil Grisson (William Peterson), que saiu da série em 2009 e a volta também de Catherine Willows (Marg Helgenberger) que saiu em 2013. Foi um bom telefilme, valeu a uma hora e meia, como valeu esses 15 anos vendo CSI.

Eu comecei a ver CSI quando estreou na Sony, em 2001, passei a ver na Record quando me mudei para Jundiaí, mas só passei a ver regularmente em 2006, quando comecei a baixar e assistir todos os episódios na ordem. CSI estreou em outubro de 2000 nos EUA.

Depois dessa maratona de 5 temporadas e meia cheguei ao ponto que a série estava. 337 episódios.

Uma vez sonhei que Paul Guifoyle era meu guia espiritual. Como no filme Retorceder Nunca, Render-se Jamais. (Never Retreat, Never Surrender - 1986). Infelizmente não aprendei Jung-Fu, ou a atirar.

Quando comecei a ver CSI eu estava na faculdade de Psicologia, não tinha muito com quem conversar sobre essa série lá. Ou meus amigos eram nerds que não viam séries policiais, ou galera de humanas que não via essa merda de enlatado yanke capitalista opressora e imposição cultural imperialista. Foi um ano esquisito aquele, e vieram anos bons e ruins, e eu vendo CSI. Me formei em duas faculdade enquanto via CSI, e na de Arte também não existiam pessoas que assistiam a essa série. Dá pra se dizer que passei praticamente toda a minha vida adulta acompanhando as investigações de crimes fictícios em Las Vegas. (ok, isso foi meio triste e muito nerd de se dizer).

Foi em 2006 que comecei a ver sistematicamente, até agora, até agora à uma hora atrás, quando terminei de ver o último episódio. Fim digno para uma série, uma era e uma maneira nova de fazer TV.

Se as séries de TV de 40 minutos são tão legais e populares agora foi por causa de CSI, foi quando resolveram gastar uma cacetada por episódio e ver o que dar.


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