Eu amo tecnologia, inovações e essas coisas, mas não nego que algumas vezes a magia se perde. Um kindle (ou qualquer outro que o valha) é bastante útil, mais versátil que um livro e tira um monte de empecilhos do caminho como transporte, impressão e necessidade de papel. Além que se pode carregar uma biblioteca inteira em meio quilo e não ocupa lugar na estante.
Mas não se pode pegar o autografo do autor no kindle, ou escrever uma dedicatória, ou usar aquele marcador de página que você ganhou de alguém.
E já tivemos a boombox. Claro, ainda existem aparelhos sendo vendidos que levam esse nome, mas são... são de soja, são pequenos e usam usb. Muito uteis e práticos, mas sem charme e imponência. Como essa baratinha logo abaixo, pode fazer a mesma coisa, pode até fazer melhor, mas não é uma boombox, ninguém ganha respeito por andar com isso por aí.
Uma boombox é um aparelho de som portátil com 2 ou mais alto falantes, elas devem tocar cassetes, geralmente duplo deck e para os menos radicais pode até tocar CD. Tem que ter uma alça para ser carregada e quanto maior, melhor.
Foi inventada pela Phillips nos anos 70, mas nos anos 80 que chegou a sua grande popularidade e tamanho monstruoso. E era tudo na base da pilha. Muita, muita pilha. (para saber o que é uma pilha leia este post).
A boombox não é só um aparelho, toda uma cultura foi criada a partir dela. A música foi pra rua. Era possível usar o gravador do duplo deck para mixar bases, e isso impulsionou o hip-hop, agora qualquer um podia mixar e cantar, não era mais necessário uma mesa de som.
Claro, nem tudo era magia e street dance. Uma praga começou com as boomboxes, o cara que escuta música alta no transporte público. Naquela época era um fato isolado, escutar música em um ônibus custava uma pequena fortuna em pilhas e pesava uns 2 kg pelo menos.
A boombox não tem mais utilidade no mundo das baterias de lítio recarregáveis, das caixas potentes e do MP3. Mas garantiu seu lugar na cultura Pop, no imaginário e na música.
Cromo, muito cromo!
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