Sei que hoje é coisa de velho, mas eu adoro rock industrial. E o mais legal disso é que é um campo gigantesco. Como o estilo apareceu no final dos anos 80 e começo dos anos 90, na época que qualquer um juntava uma grana, os amigos e lançava uma demo e as gravadoras estavam financiando todo tipo de coisa o que levou a existir trocentas bandas a serem exploradas. A maior parte não viu bons dias de sol, mas isso não significa que não sejam interessantes, inovadoras ou boas.
Genitorturers é uma dessas bandas que passou raspando no mainstream, mas não entrou para o clubinho. A banda começou em 1986, mas só foi adquirir a cara e o estilo nos anos 90. Abraçaram a onda industrial e ficaram nela, mas diferente de muitas outras bandas, geralmente com vocal masculino, Genitorturers tem Gen no vocal principal, o que dá um toque especial pra banda. O som é pesado como deve ser, agressivo e pra completar tem a performance de palco, que usa muitos elementos do BDSM. A revista Hustler considerou o Genitorturers a banda mais sexy do mundo.
Eles gravaram apenas 3 discos de estúdio e um remix, até apareceram na mídia por sua performance e em uma ou outra trilha sonora, incluindo o jogo Vampire The Masquerade: Bloodlines (2004). A banda continua existindo e seu último disco é de 2009.
Se você gosta de industrial, como eu, vai gostar, tem peso, tem atitude e tem inovação.
The Protomen não é totalmente inédito nas interwebs em português, ele já apareceu em um post meu para o já parado Disco A Disco e em um podcast do Jogabilidade.
A banda se formou em 2003 em Nashville e seu primeiro disco saiu em 2005, a primeira performance ao vivo foi um ano antes. Eles contam com 4 discos. Sendo Act I de 2005, Act II de 2009 e Present: A Night of Queen de 2012 e The Cover Up (Original Motion Picture Soundtrack) de 2015. E espero muito um disco novo e cheio de coisas bizarras do Protomen.
A banda mistura tudo, música eletrônica, Nintendo Core, Rock alternativo e o que mais aparecer. Como a vocalista Panther disse, faltava uma banda de caras pintados como robôs tocando músicas sobre vídeo games, se eles não tivessem feito ninguém mais faria.
A banda não é fixa e seus músicos tem outras bandas, então nada de regularidade em gravações, composições e shows. Eles levam essa coisa de serem alternativos ao extremo. Tanto na música como no meio de produção.
O som é fantástico, alternativo de verdade, diferente de quase tudo e cheio de maluquices. Vale para quem curte som alternativo, música eletrônica e fã de games. Seus covers também apresentam elementos novos, como um bom cover deve ser.
Não tem lá muito o que escrever escrever sobre o Sheer Mag, Pelo menos não ainda, a banda é bem nova, formada em 2014 na Filadélfia e misturando punk e rock dos anos 70 e com vocal feminino. A banda inova desinovando. A Banda ganhou destaque quando saiu numa lista da Rolling Stone como um dos 10 artistas que se precisa conhecer.
É diferente, é aquele punk de alma, mesmo que as vezes o som seja bem mais pré punk, mas a atitude, visual fora de padrões e a simplicidade. As vezes mais cru, as vezes mais dançante, com um vocal bastante diferente de Tina Halladay
Belle Baker foi muito famosa entre os anos loucos de 1910 até 1930. Fez muito sucesso em cabarés e interpretou um monte de músicas.Ela nasceu em 25 de dezembro de 1893, em Nova York e morreu em 29 de abril de 1957 em Los Angeles. Ela começou a carreira aos 11 anos, foi descoberta por um produtor e cau-se logo depois. Aos 15 já trabalhada profissionalmente como cantora e aos 17 já era a atração principal. Divorciou-se, casou de novo, teve um filho e ficou viúva nos anos 30, casou-se de novo.
Gravou um monte de canções, algumas de seu segundo marido que era compositor. Estreou 3 filmes, mas sua carreira no cinema nem de longe se comparou a carreira nos palcos e no rádio.
Para quem quer saber como eram as músicas dos anos 20 e 30 e escutar uma excelente interprete de voz marcante é uma ótima pedida.
365POP2018 - Sábado - anos 60
(atrasado e publicado dia 25/2 fazendo de conta que é 24/2)
Bonzo Dog Doo-Dah Band foi uma banda formada por estudantes do Royal College of Art, esa banda teve trocentos membros, provavelmente uma centena, mas dois são dignos de nota, na verdade até mais, mas estou atrasado e tenho que escrever mais um post hoje então foco em 2. Neil Innes que viria a pertencer ao Monty Python e o excentrico e além de seu tempo Vivian Stanshall.
A banda começou em 1962 e seu nome veio da brincadeira dadaísta com palavras, o que descreve bem o que Bonzo Dog Doo-Dah Band (também chamada de Bonzo Dog Band) fazia. Uma mistura louca de jazz, música dos anos 20 surrealismo, dadaísmo, paródias e humor. Como estamos falando dos anos 60 e da Inglaterra é claro que algo tão louco e elaborado como isso deu certo.
No final dos anos 60 resolveram ir para algo mais rock e menos como bandas de jazz dos anos 20. E em 1970 a banda desanimou, seu núcleo achava que já tinham alcançado o ápice e estavam desanimados com as baixas vendas e os problemas com a gravadora, então, em janeiro de 1970, a banda acabou. A gravadora disse, nananinanão, pelo contrato falta um disco, se reuniram e o último disco foi lançado em 1972. Mas em 2007 a banda se reúne e mais um disco é lançado. Ai sim, até onde se sabe, acabaram os discos do Bonzo Dog Doo-Dah Band.
Se você tá procurando uma coisa realmente doida dos anos 60 e que seja bastante elaborada recomendo muito.
365POP2018 - Quinta feira - anos 70
(atrasado e roubado na data pra parecer no fim do ano que está tudo bem, mas escrevi mesmo no dia 25/2)
Third World War foi uma banda inglesa que durou de 1070 até 1972 formada por Terry Stamp e Jim Avery e mais um monte de gente importante e que teve 2 discos. É uma nota de rodapé importante da história da música. Dita por uns como a primeira banda inglesa de punk, mesmo que isso nem existisse, uma banda de estrema esquerda que brigou com gravadora, ficou sem dinheiro e acabou. Mas antes disso mandou 35 shows num prazo de 30 dias e em apenas 2 anos gravou 2 discos até bastante elaborados e cheios de novidades.
Se nesse domingo quinta feira você procura uma banda totalmente anos 70, bastante encorpada e que provavelmente você nuca ouviu Third World War é para você.
365POP2018 Quinta Feira anos 80 Uma coisa simples hoje, assim espero, só um glam de boa.
Shotgun Messiah é uma banda da Suécia de Glam Metal sem por nem tirar. Está tudo lá, o visual, as guitarras, as letras e o fim nos anos 90 e seu devido esquecimento póstumo. Pelo menos no começo, depois viraram uma banda de rock industrial, mas nem durou muito mais depois disso. A banda foi de 1985 até 1993. Na sua porção Industrial, e único disco assim, a banda não faz feio, é bem legal e uma novidade para quem quer um industrial perdido. Vale escutar, pra quem gosta de glam*, é algo, provavelmente, desconhecido. Uma novidade se você cansou de Poison e W.A.S.P. mas quer um pouco mais de glam. A discografia da banda até que é grandinha e fácil de achar. (no youtube, nada no Spotify)
*Isso é todo mundo, só existem dois tipos de pessoas no mundo: As que falam que gostam de glam e as que mentem. Até quem nem sabe o que é glam gosta de glam. Por exemplo, música sertaneja daquelas dos anos 80 e 90, aquilo é só um glam tocado todo errado. é como a tapioca, que é um pastel feito todo errado. Alguém ouviu falar como era um pastel e tentou fazer, mesma a coisa em relação ao glam e a música sertaneja.
Eu adoro o som do Aurelio Voltaire. É diferente, autoral e difícil de classificar. Tem um toque gótico, mas também tem toda a coisa vitoriana e renascentista e por isso também tem um pezinho no steampunk e é meio cigano. É uma mistura complicada, bem difícil de nomear, mas muito fácil de escutar.
Aurelio Voltaire, nascido Aurelio Voltaire Hernández, migrou com a mãe de Cuba para os EUA, e foi lá que descobriu toda a cultura POP que formou sua arte. E por arte entenda mais do que apenas a sua carreira musical, ele também um animador e escritor. E professor universitário de Artes Visuais em Nova York. Opa, esqueci de falar da carreira de ator também, o cara faz de tudo!
Se você é velho e assistia MTV vai lembrar disso, e olha só, é do Aurelio Voltaire.
Infelizmente não há nenhum de seus livros em português. Mas a discografia toda é facilmente escutada no Spotify. E não é uma discografia pequena:
A discografia toda é bastante interessante, mas vou destacar o seu álbum mais nerd BiTrektual (2012). Onde temos um monte de músicas com piadas e referências para franquias de ficção científica. Principalmente, mas não só para Star Wars e Star Trek.
Recomendo muito começar por Riding a BLack Unicorn.
Essa é a música que sempre mostro quando quero apresentar as músicas do Voltaire para alguém.
SPC ECO, que se lê Space Eco é uma banda de shoegazing formada em 2007 no Reino Unido e como toda boa banda de Shoegazing só é conhecida por quem fuça muito a fundo nesse estilo. A formação da banda é um pouco diferente e mostra como estamos velhos e o tempo passa. E que rock é coisa família também.
Dean Garcia, ex um monte de coisas, inclusive ex- Curve montou a banda com músicos convidados, participação de amigos e todas essas coisas de projetos alternativos, mas ele quem faz o baixo, guitarra, bateria e a programação eletrônica de quase tudo. E no vocal está sua filha, Rose Berlin.
SPC ECO tem um EP de 2007, mas sua produção mesmo decolou em 2010 com o álbum 3-D e que hoje totaliza 10 discos.
E só hoje, revendo o que eu postei em 2011 sobre o disco Where's Neil When You Need Him? que entendi a treta toda. Explico. Em 2011 eu tinha começado esse blog e descobri esse disco inspirado nas obras do Neil Gaiman. eu escutava direto e resolvi dissecar o disco, artista por artista. Alguns foram fáceis, outros nem tanto. Foi o caso da faixa Coraline com Rose Berlin no vocal do então já extinto Curve. Na época eu não entendi qual era a ligação. Não existia uma página sobre o SPC ECO na Wikipedia. Mas em fim, foi por causa desse disco que cheguei nesse Shoegazing legal pra cacete.
O som é bem legal, mas é um shoegazing bem legal, então se odeia esse tipo de música mais pra escutar alto e no escuro e que invariavelmente alguém virá checar se você está bem e vivo e se precisa conversar. Como adoro shoegazing, adorei SPC ECO.
Acabei de perceber que cometi uma grande injustiça, eu nunca escrevi um texto sobre o Ninja Sex Party.
Dan Avidan e Brian Wecht se conheceram para um projeto, isso em 2009 em Nova York, o projeto Ninja Sex Party. Dan ficava com os vocais e Brian com o instrumental. Nos clips Dam assume a identidade de Danny Sexbang e Brian de Ninja Brian. Danny Sexbang é o cara que se acha cool, hiper-sexualizado e com muito mais confiança do que deveria. Enquanto Ninja Brian é um homicida psicopata caladão.
As músicas que geralmente são de shyntpop são engraçadíssimas e um tanto quando erradas no que diz respeito ao politicamente correto, maturidade ou bom gosto. O que só deixa tudo melhor. A dupla começou em 2009 e em 2011 apareceu o primeiro disco. Mais legal do que escutar é ver os vídeos. Uma história é contada ai, cheia de piadas.
As referências da cultura pop usadas junto com as tentativas descaradas sexuais de Danny Sexbang e os assassinatos aleatórios de Ninja Brian e o exagero como explodir o Sol, viajar para o ano de 6969 ou matar todos os presentes, faz dos vídeos e músicas do NSP hilários.
A banda já tem 5 discos, sendo 3 da comédia habitual e 2 de covers, que mesmo sendo mais sérios e até mais intimistas continuam ótimos. E o novo disco no estilo comédia sai esse ano.
Além do NSP Dan e Brian participam de outros projetos, Starbomb, de paródias sobre vídeo games e participaram da trilha sonora de The Dick Figures: The Movie.
NSP ganhou uma cacetada de prêmios e venderam muito bem nas categorias de comédia. Não vou fazer uma cópia da Wikipedia aqui, mas o link está no lugar de sempre.
Aqui estão alguns, no canal oficial tem muito mais.
Estou pensando seriamente em escrever a classe de personagem Unicórnio Mago para D&D 5.0
Ollie Imogene Shepard mais conhecida como Jean Shepard, (21 de novembro de 1933 - 25 de setembro de 2016), nasceu em Pauls Valley, Oklahoma, mas foi criado em Visalia, Califórnia. Ela participou de uma banda de garota em 1948, Melody Ranch Girls, mas o sucesso só veio quando começou sua carreira solo. Em 1952 gravava seu primeiro disco com 4 músicas. Mas não foi um grande sucesso.
No ano seguinte ela lança, em dueto com Ferlin Husky, a música A Dear John Letter e isso estoura absurdamente. A música meio falada de uma carta de um soldado da Coreia faz enorme sucesso. Em 1955 veio o primeiro disco de estúdio. O qual foi seguido de muitos outros. Até 1981, Jean Shepard gravou 24 discos.
Ela se casou com Hawkshaw Hawkins que morreu em 1963 em um acidente de avião junto com outros músicos. Jean Shepard dá a luz ao filho um mês depois do acidente. Mais tarde casa-se com Benny Birchfield com quem permanece casada até sua morte.
Sua carreira teve idas e vindas de gravadoras e paradas. Mas nos palcos ela continuou por bastante tempo, até 2015.
Ela cantava Country e Honky-Tonk, tudo bem, eu também não tinha a mínima ideia do que diabos é Honky-Tonk até ler na Wikipedia. Honky-Tonk eram estabelecimentos de bar e música frequentados por gente considerada meio fora dos padrões. Como os pianos nesses lugares ficavam meio ruins o ritmo torna-se mais importantemente que a melodia e daí que vem todo o estilo de piano que aparece nos anos 50. O termo também era usado para um tipo de country que valorizava os metais e o violão, comum do Oklahoma e Texas. Esse segundo caso que descreve a música de Jean Shepard.
Se você quer uma boa música de raiz, e não tem problemas dessas raízes serem norte-americanas e que seja uma boa trilha sonora para um domingo chuvoso, essa é a sua música.
Ok, fiquei meio obcecado com a música chinesa e taiwanesa dos anos 60. E aproveitando que ontem foi o ano novo chinês, vamos de mais músicas chinesas e toda a dificuldade que é escrever sobre isso.
Yang Xiaoping nasceu em 1944 em Xangai e tinha 11 irmãos, ela era a mais velha. Ela se muda para Taiwan aos 3 anos de idade. Estuda teatro e costura, (nessa parte fique confuso com as traduções automáticas do mandarim pro português) Ela acaba levando mais alguns irmãos para as artes. Ela dança e canta. Começa fazendo isso em shows de caridade, mas acaba chegando ao cinema e tem um número absurdo de discos gravados.
Ela foi casada 3 vezes, está com o último marido e reside nos Estados Unidos. Olha, vou parar o texto por aqui para não errar, tradução automática de mandarim é tensa demais pra mim.
A música tem aquela cara de anos 60 com vocal bem recortado, aquele tom brega adorável que todas essas carreiras que duram bastante adquirem e aquele gosto de trilha sonora de filme chinês dos anos 70. é bem legal, meio fossa, mas legal.
Depois de um post complicado, vamos para a simplicidade do punk. Claro que não, Flesh Eaters é complicada em tudo, até em qual diabos é essa banda. E o som não é o punk vocal, guitarra, baixo e bateria. Tem até saxofone e influência do jazz, rochabilly e western aqui.
Chris D., Chris Desjardins, nascido em 15 de janeiro de 1953 é um poeta punk, músico e crítico de música e até onde sei nunca teve muito sossego. Ele começou uma banda em 1977, mas basicamente era ele decidindo o que acontecia, essa banda, Flesh Eaters, foi uma de algumas bandas que ele teve. Com shows e um EP eles se destacaram no cenário punk em Los Angeles. Tudo estava misturado lá e principalmente os poemas mórbidos e líricos de Chris D.
Em 1980 ele juntou essa galera, segundo relato da época, ele tinha um monte de músicas e ninguém para tocá-las. Ensaiaram por 2 ou 3 semanas e gravaram em 2 dias. Saia o primeiro disco.
No anos seguinte a banda tornou-se fixa, mas só durou até 1983, o que rendeu 2 discos e uma música na trilha sonora do Retorno dos Mortos Vivos (Onde conheci a banda). Chris D. desfez a banda.
Ele continuou no cenário musical, cria outra banda e de uma hora pra outra a rebatiza de Flesh Eaters, e assim os Flesh Eaters voltariam de 1990 até 1993 e gravariam 4 discos e todos produzidos por Chris D. E pra terminar, em 1999 Crhis D. volta com outra formação e continua fazendo isso até hoje.
O som é legal pra caramba, um excelente punk das antigas e cheio de coisas novas pra se explorar. Dá pra deixar tocando e dá pra prestar atenção nas letras. As duas maneiras são divertidas.
Quanto mais vai passando o ano, mais postagens, mais o obvio vai acabando e um dia você se vê escrevendo sobre uma banda que não consegue nem imaginar como pronuncia o nome, Zabranjeno Pušenje. Você se pergunta de onde é essa banda? Ela começou em Saravejo, mas tudo foi ficando complicado depois.
A história começa como de tantas outra bandas, dois garotos de 16 anos amamo rock e querem montar uma banda, são eles Nenad Janković, (mais tarde conhecido como Dr. Nele Karajlić) e Davor Sučić (mais tarde Sr. Sejo Sexon), depois outros garotos vão se juntando ao grupo. Outros vão chegando e se juntando, e o que eram 2 garotos em 1979 são uma banda com disco gravado em 1981.
No smoking Orchestra
A banda vai bem, não está alinhada com o punk que começa a aparecer, mas sofre influência dele e muito menos alinhada com o new wave. O som deles é um rock bruto de garagem com influências locais. O que deu muito certo e tiveram uma boa carreira.
Mas não acaba aqui, as coisas começam a ficar complicadas em 1988 lançam o que seria seu último disco juntos, mas não o último da banda, ou das bandas. Vai vendo. Eles cansaram, nem brigaram, mas em 1990 resolveram acabar com a banda. E assim acabou uma das mais influentes bandas de rock de Saravejo. Mas a história não acaba aqui,
No smoking Orchestra
Em 1992 começa a guerra da Bósnia. Karajlić que era sérvio fugiu para Belgrado, na Sérvia. Sexon, um croata étnico, manteve-se em Sarajevo. Em 1993, Karajlić retoma a banda em Belgrado, junta uns caras e mantém o nome Zabranjeno Pušenje. Em 1996 Sexon faz a mesma coisa em Saravejo e retoma a banda com o mesmo nome de antes, Zabranjeno Pušenje. Por um tempo teríamos duas bandas com o mesmo nome em lados diferentes do conflito. A parte de Belgrado modificou o nome da banda para TheNo Smoking Orchestra. Adivinha a tradução de Zabranjeno Pušenje. Exatamente!
Zabranjeno Pušenje
Então temos duas bandas distintas seguindo a vida. Zabranjeno Pušenje (Saravejo) participou da trilha sonora de um filme nórdico, Nafaka. Também fizeram turnês pela Europa em 2004 e lançaram mais 12 discos, incluindo a trilha sonora de Nafaka e álbuns ao vivo.
No Smoking também teve novos discos, 4 ao todo, uma trilha sonora, Black Cat, White Cat e uma turnê mundial. Nota: No Smoking Orchestra mudou de nome para Emir Kusturica & The No Smoking Orchestra. Ela aparece com os dois nomes no Spotify.
No smoking Orchestra
A guerra não separa só povos, as vezes separa bandas também.
O som da banda é bem legal, rock como deve ser, um tanto cru as vezes, outras cheia de instrumentos e com gosto local ( que dizem, não tinha a mínima ideia da música Croata ou se Saravejo até uma hora atrás) E dizem também que a banda reflete o local e a guerra em suas letras e melodias. Altamente recomendável. Zabranjeno Pušenje me pareceu mais animada que No Smoking, mas o som muito mais étnico também é bem legal. Vale perder um tempo fuçando no Spotify e no Youtube.