terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

The Eagle Hunterss


O documentário acompanha a jovem Aisholpan,uma mongol de 13 anos que, a despeito das tradições, quer se tornar uma mestre de águia caçadora. (sei lá como traduzir isso corretamente). A palavra mais próxima é falcoaria, mas o bicho ali é ligeiramente outro. sua família vive na região de Altai.

The Eagle Huntress foi lançado em 2016, sua filmagens são de 2014 e Aisholpan foi descoberta na parte rural da Mongólia por algumas fotos que circularam no Facebook. Otto Bell gostou do que viu, começou a trabalhar no assunto e em pouco tempo estava voando com a equipe para a Mongólia.

O documentário acompanha a vida de Aishopan Nurgaiv e sua família. Ela, desde pequena encantada com as águias do pai, sua mãe relata que ela ficava hipnotizada olhando para os animais. Quando sei irmão mais velho para o exército, Aisholpan assume muitas das tarefas dele, isso e seu desejo por caçar com águias e sua afeição pelas aves levam a seu pai, indo contra o costume, de ensinar uma garota a caçar com águias.

No começo do documentário vemos a vida na casa modesta da família e uma breve explicação da falcoaria (eu sei) naquela região e de como os mongóis de origem do Cazaquistão se identificam como povo a partir da caça com águias. Também ficamos sabendo como é a escola, Aisholpan passa a semana em um internato, seus irmãos também, e vem para a casa nos fins de semana. Seu maior desejo enquanto está na escola é a chegada logo do fim de semana para treinar com a águia de seu pai.

A primeira parte acaba com um tipo de ritual de passagem, a menina vai até um ninho de águias douradas e captura um filhote, segundo seu pai eles já estão grandes o suficiente para viver fora do ninho, mas ainda incapazes de voar. Eu estava imaginado algo do tamanho de um frango, mas mesmo um filhote de águia dourada é uma monstruosidade bem agressiva. Aisholpan sobe as montanhas com seu pai, desce um desfiladeiro ingrime e consegue chegar até o ninho e capturar sua águia. O treinamento continua e a águia vai crescendo e se torna um animal bastante forte e com uma conexão bem estabelecida com sua dona.

Na segunda metade é sobre a competição de aça com águias. nunca houve uma mulher que participasse, mesmo que outras mulheres já tenham sido caçadoras com águias. Aisholpan e seu pai rumam em seus pôneis para lá. Somos apresentados a 3 provas. Roupas e cavalo, Puxar a presa e o mais importante, o recebimento da águia. Aisholpan, vai bem nos dois primeiros e quebra o recorde da terceira prova com o tempo absurdo de 5 segundos. Se fosse um filme pareceria forçado demais. Não por ela ser menina, mas por ter apenas 13 anos e competir contra experientes caçadores e mesmo assim ganhar.

E a terceira metade somos apresentados a verdadeira prova de fogo, ou melhor, de gelo. Caçar no inverno, nas fronteiras entre e Cina e Mongólia. Os pôneis atolam na neve, a águia perde a raposa algumas vezes, é uma parte bastante dramática. O documentário não aponta o tempo de viagem e caça, mas numa entrevista posterior Otto Bell revelou que foram 22 dias.

O documentário ganha pontos com suas imagens, são simplesmente lindas, as montanhas, as rochas e por último a neve. As águias douradas são absurdamente lindas em voo, são máquinas de matar de 15 quilos sendo carregadas no braço de uma menina por muitos quilômetros. Visualmente é um documentário irretocável, uma pena eu só conseguir na locadora do Paulo Coelho uma versão de DVD, pelas paisagens e filmagens com gopró nas águias merecia muito ser visto em 1080p.

Como narradora, mas bem pouquinho na verdade, temos Daisy Ridley. A narração é sucinta e pontual, o que deixa espaço para as imagens e para os depoimentos de Aisholpan e sua família, principalmente seu pai. Por outro lado o documentário carece um pouco de informações. A caçada com águias é bastante complexa e difícil de entender apenas observando, e ela só vai acontecer bem no final do filme. Outro ponto negativo são as opiniões de alguns anciões sobre meninas e águias, eles são veementemente contra, mas não sabemos quem são esses homens, só deduzimos que são importantes na comunidade por sua idade e roupas vistosas, mas nenhuma identificação é feita.

Outro problema é a mão pesada no discurso. A mensagem "uma garota pode ser e fazer o que quiser" está claro, muito claro mesmo, não precisava ser reforçado pela narração, pelos depoimentos e pela música dos créditos. Não é uma música ruim, na verdade é até legal, mas é tão obvia em sua letra e tão igual o que já foi afirmado que deixa a coisa mais explicita do que o necessário.

O tempo de documentário é na medida, quase uma hora e meia, talvez um pouco mais de informação seria bem vinda, por outro lado o drama está na dosagem certa. Mesmo sabendo que a menina vai conseguir pegar a águia e que não vai se esborrachar montanha abaixo, mesmo assim a tendência é se inclinar  mais na ponta do só fá e torcer por ela. O mesmo vale para o campeonato e para a caçada na neve.

Aisholpan é duma determinação impar, uma mistura de educação para a caça, condições filhadaputas de clima e vida e temos alguém bastante resiliente e capaz de com apenas 13 anos atravessar a neve puxando um cavalo e carregando uma máquina de matar de 15 quilos no braço.

Li em alguns lugares que o documentário apresenta Aisholpan, a garota que é capaz de inspirar outras meninas a fazerem e ousarem mais, discordarei disso em parte, não é apenas um exemplo positivo para o sexo feminino, mas pra qualquer um.


O filme não tem release oficial em português, mas é relativamente fácil de achar na locadora do Paulo Coelho, também não tem legenda  em português, mas as traduções automáticas da internet deixam a legenda em inglês razoáveis para assistir. O filme é quase todo em Cazaque, então pra maior parte da população as legendas são bem necessárias.







Alguns dados que não estão no documentário e que podem tornar a experiencia de vê-lo mais profunda:

Mongólia:

A Mongólia não tem mar, faz fronteiras com a China e com a Rússia, mesmo não tendo fronteira com o Cazaquistão são relativamente próximos e uma parte da população descende de lá. É um país semipresidencialista, maioria budista, uns 90%, e vem de uma história de luta e conquistas por povos nômades. Pouco mais da metade da população é urbana, mas tem uma vasta área rural e povos nômades que estão diminuindo em detrimento de assentamentos rurais. É a menor densidade democrática do mundo.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mong%C3%B3lia

Caçadores com águias: Caçar com águias, que em português a gente chama de falcoaria, mesmo sabendo que o bicho está ligeiramente errado, tem sua origem nas estepes da Eurásia. A tradição da falcoaria tem mais de 4000 anos.
https://en.wikipedia.org/wiki/Hunting_with_eagles

Águias Douradas: A águia dourada é a espécie de águia mais abundante do planeta, ela também é o animal preferido para a falcoaria, seu tamanho absurdo até para uma ave de rapina, sua ferocidade e agilidade lhe garantem ser o companheiro perfeito de caçadores. Até lobos são caçados com esses animais. Esse bicho pode viver mais de 20 anos, alguns chegando aos 30 e passando. Eles medem  66 a 102 cm de comprimento e de 1,8 a 2,34 m em envergadura e pesam uns 15 quilos. Em outras palavras, é um passarinho grande pra porra!

Atualizado: Correção, em português é Águia real, mas não vou corrigir no texto todo isso. 

Links:
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Eagle_Huntress
http://www.rogerebert.com/reviews/the-eagle-huntress-2016
http://www.imdb.com/title/tt3882074/?ref_=nv_sr_1
http://news.nationalgeographic.com/2016/08/teenage-eagle-huntress-movie-trailer-director-interview/
http://nymag.com/thecut/2016/11/the-eagle-huntress-is-an-empowering-feminist-fable.html 


 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Abar, the First Black Superman


Blaxploitation foi um movimento cinematográfico muito interessante, que rendeu clássicos como Superfly, Cofee e Shaft. Como todo movimento uma parcela do que é produzido acaba um tanto quanto esquecida. Não quer dizer que é ruim, ou irrelevante, só não é lembrada, a quantidade de produções soterra uma boa parte delas.

Um filme do blaxploitation que trazia um super herói acabou assim esquecido. Abar, The Firts Black Superman de 1977, trazia para as telas, talvez, o primeiro super herói negro. Num filme de baixo orçamento, de qualidade duvidosa até para os padrões dos filmes mais baratos de blaxploitation um ativista vira guarda costas e por último um super herói. O Dr. Kinkake é rico, muito rico, talvez o mais rido do bairro, seu dinheiro vem de seus experimentos, ele é um cientista. Mas guarde essa informação pra mais tarde.

A família Kinkade muda-se para um bairro rico de brancos, como são negros recebem muita hostilidade dos brancos que moram ali. O que começa com xingamentos evolui para agressões físicas, até chegar ao ponto de decapitarem o gato da família e pendurar na porta. Nisso, e sem lá muito explicação de como, um grupo denominado de FBU de ativistas negros chegam em suas motos. Seu líder é Abar, ele é um ativista, galã e lutador marcial. Sem a necessidade de fazer nada o grupo de arruaceiros foge. As coisas pioram e magicamente Abar reaparece em um caminhão de lixo, ele bate nos dois agressores e os joga no lixo. Aquele caminhão ali precisava servir para alguma coisa. Abar é convencido a trabalhar como segurança da família Kinkade.

Mais alguns ataques e Abar dando mais porrada, mais alguns discursos e mais uns trechos do sonho de Martin Luther King. Jr. Até depois de uma sequencia inexplicável  de sonho com Abar sendo um cowboy. Temos a virada do filme. Um dos bandidos brancos tenta colocar uma bomba na casa dos Kinkade, mas é surpreendido pelo filho da família. O garoto espanta o bandido com uma arma de brinquedo, e tenta parar a fuga no carro com a arma de brinquedo. Ele é atropelado, e de alguma maneira baleado no peito pelo carro. Não estou brincando, um carro passa em cima do garoto e ele fica com uma mancha de sangue no meio do peito.

Cansado e arrasado pela morte do filho, Dr. Kinkade trabalha arduamente para terminar sua fórmula secreta, é é aqui que o filme vira uma doideira. Ele testa a fórmula num coelho, descobrindo que após 3 horas o coelho tornou-se a prova de balas. O filme não fala, mas dá pra se imaginar quantos coelhos foram baleados até o cientista descobrir a coisa das 3 horas. Ele convence Abar a tomar a fórmula atirando no coelho, Abar também atira no coelho. A única conclusão que dá pra se tirar na cena é que quem é a prova de balas é a gaiola e não o coelho, já que os tiros nem fazem buracos na gaiola.

Abar reluta, mas toma a fórmula. Os efeitos são além do esperado. Ele se torna invulnerável, mas também adquire podes mentais inexplicáveis. E essa sequência final do filme é a mais divertida. Ele usa seus poderes para fazerem policiais corruptos lutarem entre si, mas uma prostituta aprender Kung Fu instantaneamente e chutar um cafetão, trombadinha devolver bolsa, pixador repintar muros, transforma o carro do pastor em uma charrete para lhe ensinar humildade e faz garotas negras fumando maconha se formarem na escola, instantaneamente. Depois ele sai controlando animais e o clima, detona com os vizinhos brancos malvados e o filme acaba do nada, Abar vai embora e mais um playback do discurso de Matin Luther King toca enquanto Abar caminha sozinho e os créditos rolam.

O filme é amador em todos os sentidos, mas nem por isso deixa de ser um blaxploitation legítimo. Sem sutileza nenhuma ele expõe os problemas raciais da época. O amadorismo, mas a vontade de fazer valem o filme. Pode se dizer muita coisa de Abar, The First Black Superman, que é um filme de baixíssimo orçamento, com efeitos especiais horrorosos, som dessincronizado e atores amadores que parecem que estão lendo suas falas o tempo todo, cenas ridículas e poderes inexplicáveis num roteiro mais inexplicável ainda, mas não dá pra achar o filme autêntico e divertido.

Abar teve problemas para ser terminado e lançado, como é comum numa produção assim, o dinheiro não deu, o filme (dizem) recebeu dinheiro de cafetão e algumas cenas foram filmadas em um prostíbulo emprestado. Mesmo assim o filme saiu, rolou em um pequeno circuíto de cinemas até acabar esquecido, recebeu uma versão de VHS nos anos 80 com o novo título de In Your Face, Acho que ninguém queria confusão com a DC Comics.

Depois disso o filme só existe em arquivos bem obscuros para baixar, sem legendas ou dublagem e talvez esse seja o único texto em português sobre o filme.

O filme é altamente recomendável para quem se interessa por trash, Blaxploitation, super heróis e história obscura do cinema.

A trilha sonora, seguindo a tradição dos filmes de blaxploitation, é muito boa, mas muito curta, ela repete muito no filme:


trailer



Links:
http://www.blackhorrormovies.com/abarblacksuperman/
http://www.tcm.com/tcmdb/title/560517/Abar-the-First-Black-Superman/articles.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Abar,_the_First_Black_Superman
http://www.badazzmofo.com/2014/04/10/blaxploitation-archive-abar-the-first-black-superman/
https://flightstightsandmovienights.com/2015/02/26/abar-the-first-black-superman/
http://www.imdb.com/title/tt0122116/?ref_=nv_sr_1
http://top-movies.biz/watch_movie/abar-the-first-black-superman/ Se quiser assistir aqui tem

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Brenda Starr



Adaptação da personagem das histórias em quadrinhos de Brenda Star, criada por Dale Messick em 1940. A adaptação para o cinema só aconteceu em 1989. Mas outras produções para a TV aconteceram nos anos 40 e 70. O filme foi produzido em 1986, mas só lançado em algum lugar do mundo em 1989, e nos EUA, por perrengues com os direitos da personagem apenas em 1992. Então, para os EUA, Dick Tracy (1990) saiu antes.

No começo do filme temos Mike (Tony Peck), um desenhista fracassado, uma bela abertura de quadrinhos sendo feito. Nisso Brenda Starr cansa das reclamações e assume sua história. Só resta  ao desenhista ir atrás dela, se desenhando para entrar no mundo dos quadrinhos.

Se o filme ficasse nisso seria bem bobo, mas essa trama fica em segundo plano, dando espaço para Brenda Starr brilhar (desculpem o trocadilho).

Brenda Starr (Brooke Shields)é uma repórter do jornal Flash, ela é conhecida por sua coragem, inteligência e beleza. Somos apresentados a ela durante um tiroteio. Um gangster troca tiros com a polícia. Para conseguir a matéria, Brenda Starr sobe no prédio até o parapeito e pede para entrevistar o bandido. Ela acha que o convenceu a se entregar, mas acaba virando refém dele. Ela manda os policiais atirarem, e eles atiram mesmo. Depois ela mesmo desarma e luta com o bandido. Eles caem do prédio, mas com toda a calma do mundo ela vira o bandido para baixo, usando ele para amortecer a queda e se salvar.

E é isso que teremos durante o filme, Brenda Starr no comando de qualquer situação, seja ligando para a Casa Branca e marcando uma entrevista com o Presidente para ir atrás do famoso cientista que está no Brasil, obviamente entre os índios, testando seu novo combustível que transforma água comum em o mais poderoso propelente para foguetes, mas os russos o querem também, então Brenda vai atrás do cientista. Ela é ajudada pelo latino de tapa olho e galã da vez, Basil (Timothy Dalton). O desenhista continua atrás dela.

Ela vai atrás do Cientista, mas acaba sendo drogada pelos soviéticos. Acaba em um país errado, usa de truques e luta para fugir e corre ao aeroporto, volta ao seu país e começa sua jornada até o tal cientista. Ela tem um afer com o Basil, que aparece vestido de Zorro, sem motivo aparente.

A meta linguagem é interessante, mas distrai e não combina com a aventura, que na minha opinião já era suficiente para manter o filme, não precisava de uma trama paralela lembrando ao público que os exageros do filme são explicados por ser uma história em quadrinhos. Mas era em 1989, o público não aceitava bem alguns exageros, isso foi antes até de Dick Trace.

A trama se passa quase toda no Brasil, com um triangulo amoroso entre Mike e Basil, cada nova situação leva a um desafio vencido por Brenda, até a luta final contra os soviéticos no rio, que acaba com Brenda e usando a fórmula do cientista para tacar fogo na água. Os soviéticos escapam do fogo só para virarem comida de crocodilo.

Uma outra trama paralela é da rivalidade de Brenda com Libby, uma outra repórter do Flash. Libby a segue pelo Brasil, e num segundo final do filme rende e prende Brenda, Mike e Basil e foge com a fórmula. Mas logo depois de escaparem Mike descobre que a fórmula não funciona, ela explode os motores depois de um tempo. Brenda publica a história, ridiculariza Libby e agora decide sobre com quem ficara, e escolhe nenhum do dois, Isso mesmo, ela continua suas aventuras enquanto Mike volta para o mundo real e  Basil parte para outra aventura.

Mike acaba sendo o parceiro para o filme, Basil é meio adereço. A diferença da dupla funciona bem, ela acostumada com a vida de aventuras e ele um desenhista que tem medo de tudo.

As interpolações do filme com cenas em quadrinhos, para viagens e passagens de tempo são bem legais, acredito que tenham feito isso por motivos econômicos, um monte de locações são substituídas por desenhos e então só vemos a coisa de perto.

A parte do Brasil é o que se espera. Floresta, piranhas samba e capoeira. Alguns podem se incomodar, mas pra mim está valendo. Não to nem ai se os americanos quase 30 anos atrás achavam que usavam sombreiros e tinha floresta em todo lugar. Funciona para o filme, então está ótimo.

O filme arruma algumas desculpas para trocas de figurino constante da Brenda Starr, até faz sentido se você tem a Brooke Shields nesse papel. Outro ponto é a vaidade exagerada de Brenda, que, como disse no começo do filme, estava num parapeito de salto alto e saia.

Por isso mesmo é difícil responder a pergunta: Essa é uma personagem feminista?

Para os SJW a resposta é não, mas eles nunca se contentam com nada. Fora eles, depende, ela age como se estivesse no comando o tempo todo, luta, pula de telhados e sempre sabe o que fazer. E Basil e Mike meio que se digladiam para ter a atenção dela.

Por outro lado o exagero com a vaidade pode parecer menininha demais. Ela para lixar uma unha antes de arrombar um cadeado, e usou maquiagem para cegar os soviéticos numa fuga, e até bateu usando a bolsa, que descobrimos mais tarde que tinha uma alça secreta para ser usada como corda.

Mas o filme foi bastante criticado na época, principalmente por conta da Brenda Starr e sua feminilidade exagerada. Pra mim é uma heroína que funciona, forte e decidida, mas vaidosa. Um ou outro momento pode até rolar uma vergonha alheia, mas está de acordo com o filme, todos os personagens e situações são caricaturadas, até os crocodilos.

O filme foi severamente criticado na época, acho que ninguém entendeu na época a pegada História em Quadrinho. Uma pena. Vilões caricatos, aventura leve e personagens estereotipados em situações clichês como pular no rio das piranhas, desmaiar com a bebida (no caso uma dose de pinga) e o cientista isolado, mas brilhante. Tudo isso numa fotografia bastante colorida. Tudo isso combinou bem, forjou uma aventura leve e divertida, como uma história em quadrinhos. (no caso tiras de jornal).

Uma pena esse filme acabar assim tão esquecido, uma pena os críticos e o público terem odiado. Eu gostei do filme a primeira vez que o vi aos 10 anos de idade, e me apaixonei pela Brenda Starr, como gostei dele agora. Mesmo vendo nessa cópia bunda no Youtube. Não achei outra.

Mas temos alguns problemas...

A trilha sonora em alguns pontos é bastante irritante, forçada demais em um samba genérico como nos filmes que passam no Brasil. O clímax do filme é com os soviéticos e um segundo final com mais 10 minutos de filme deixa meio meh. Mike é um ótimo personagem, o cara comum, que faz o contra ponto perfeito com Basil e funciona como parceiro da Brenda, mas toda a trama de mundo real e mundo dos quadrinhos é só confusa, não acrescenta nada ao filme.

Trailer:

Filme completo, em inglês; 


Links:
http://www.imdb.com/title/tt0096978/
https://en.wikipedia.org/wiki/Brenda_Starr_(film)

Os posteres internacionais são qualquer coisa:




quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Filmes de Janeiro

Tenho a manaia de anotar os filmes que vejo, pra não esquecer de fazer isso resolvi postá-los aqui mês a mês. Então filmes de janeiro:



3 Türken & ein Baby (2015)
  http://www.imdb.com/title/tt3598648/?ref_=nv_sr_1

É bom? Não, na verdade não. Só tem uma ou outra piada boa e no geral o filme é bobo, meio montado como esquetes que poderiam ser retiradas sem fazer tanta diferença assim. Mas recomendo. O filme é do cinema estrangeiro alemão, sim, isso já aconteceu. Imigrantes fazendo filmes para imigrantes. Vale ver por esse fato. De resto é mais uma vez a história de 3 caras e um bebê. Se vai ver uma versão que não seja a famosa (que é remake da francesa, que é mais ou menos) veja a versão com Jack Chan.

Barb Wire (1996)



Já devidamente resenhado aqui: http://pararobo.blogspot.com.br/2017/01/barb-wire-1996.html
Se eu sou imaturo a ponto de ver Barb Ware e ainda resenhar dizendo que até gostei do filme?
A resposta é sim!
 http://www.imdb.com/title/tt0115624/?ref_=nv_sr_1

The Rocky Horror Picture Show: Let's Do the Time Warp Again (2016)




Remake/homenagem do clássico dos anos 70
Devidamente resenhado aqui: http://pararobo.blogspot.com.br/2017/01/the-rocky-horror-picture-show-lets-do.html

A Fortaleza


Mais um filme que se passa em 2017
devidamente resenhado aqui: http://pararobo.blogspot.com.br/2017/01/a-fortaleza-1992.html
  http://www.imdb.com/title/tt0106950/?ref_=nv_sr_6



O Sobrevivente



resenhado: http://pararobo.blogspot.com.br/2017/01/o-sobrevivente-1987.html
  http://www.imdb.com/title/tt0093894/?ref_=nv_sr_2


Um cadáver para sobreviver


Excelente filme, esquisito, mas divertido e difícil dizer se é uma comédia ou um drama, tem no Netflix e recomendo muito.
http://www.imdb.com/title/tt4034354/?ref_=nv_sr_1


E.T.

Continua excelente. Veja ma maior resolução possível.
http://www.imdb.com/title/tt0083866/?ref_=nv_sr_1


Chuck Norris Vs Comunism

Ótimo documentário romeno de como eram os contrabandos de filmes para a Romênia comunista dos anos 90 e como isso ajudou a mudar o país e dar um fim ao comunismo.

Mas se você é comunista é um documentário de como os malditos norte americanos injetaram seu imperialismo capitalista na pacífica e utópica Romênia comunista.
  http://www.imdb.com/title/tt2442080/?ref_=nv_sr_1


Cherry 2000




Devidamente resenhado aqui: http://pararobo.blogspot.com.br/2017/01/cherry-2000.html
http://www.imdb.com/title/tt0092746/?ref_=nv_sr_1

Unicorn City

Devidamente resenhado aqui: http://pararobo.blogspot.com.br/2017/01/unicorn-city.html
http://www.imdb.com/title/tt1734589/

Electra Woman e Dyna Girl



Devidamente resenhado aqui: http://pararobo.blogspot.com.br/2017/01/electra-woman-and-dyna-girl.html

As travessuras de uma sereia




Devidamente resenhado aqui: http://pararobo.blogspot.com.br/2017/01/as-travessuras-de-uma-sereia-2016.html
http://www.imdb.com/title/tt4701660/

Bernie

Uma comédia bastante macabra, mais interessante quando se assiste sabendo dos fatos reais.
http://www.imdb.com/title/tt1704573/

Tudo por uma esmeralda.

Na onda dos filmes de aventura de busca de relíquias dos anos 80, na mesma onda dos filmes dos heróis tipo príncipe encantado sujo de ação. excelente, vale ver de novo ou pela primeira vez. 
http://www.imdb.com/title/tt0088011/?ref_=nv_sr_1

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