Esse é um assunto recorrente pra mim, mais um post falando de como não ser babaca criticando o gosto alheio, o seu não é melhor.
Quando eu tinha uns 20 anos, comecei uma série de desenhos estrelados por um personagem, Ted, um zumbi, primo do Ed do Iron Maiden. Esse zumbi matava músicos dos quais eu não gostava no estilo Mortal Kombat. Lembro que fiz desenhos dos Hansons, Prodigi, Padre Marcelo Rossi e um terrivelmente mal feito de Roberto Carlos. O que dizer sobre mim naquela época? Tinha 20 anos, consequentemente tinha uma desculpa por ser tão babaca.
Aminha postura mudou com a idade, eu passei a gastar bem menos tempo odiando (ou mesmo me importando) com coisas que não me dizem respeito. Mais ou menos assim: Não tenho motivos pra ficar de mimimi e odiando Lady Gaga, não sou público alvo, não me interesso, bola pra frente, mas faz todo sentido eu odiar o ultimo disco do Manowar. Tinha expectativas, esperei o disco, mas quando escutei... péssimo. Tem haver comigo, eu era o público alvo, gastei tempo e energia me importando com isso. E o que fazer a respeito? NADA! No máximo, se um dia eu escrever a discografia do Manowar pro
Disco a Disco eu fale mal dele. Mas não faz o menor sentido sair brigando com quem gostou do disco.
Meu motivo pra voltar a esse assunto foram:
1- críticas no facebook ao Big Brother, novelas etc.
2- Amanda Palmer defendendo Justin Bieber
3- Descobri que existem bazingueiros.
1- Não assisto Big Brother, nunca assisti, na verdade sou bem avesso à realit shows no geral. (pelo menos esses de botar gente junta [os do tipo Caçadores de relíquias e Comic Book Men eu gosto]).
Não acho que sou intelectualmente ou moralmente superior a quem assiste. Não tem motivo pra isso. Até onde sei é tão superficial, bobo, clichê e falso como as lutas de WWE que eu gosto. O programa não me incomoda, eu tenho controle remoto, como disse Raul: É só mudar de estação. O que me incomoda mesmo é gente reclamando do programa existir. Na boa, ninguém nomeou essa galera pra decidir o que deve passar na tv, dá um tempo, se o fulano quer assistir, ele que assista, se ele deixa o filho pequeno assistir, é problema dele e do filho dele.
Esse tipo de postura não é diferente da postura que quase acabou com os quadrinhos nos anos 50, que implicou com os RPGs nos anos 80 e 90 e com os vídeo games desde sempre. Percebem crianças, que enquanto você propõe um boicote á novela alienante das 9, alguém, com os mesmos direitos e poderes que você, propõe a proibição do GTA 5 que você tanto adora?
Moral da História: Divirta-se e deixe os outros se divertirem.
2- Amanda Palmer defendendo Justin Bieber: Em um excelente texto Amanda Palmer defendeu Justin Bieber, não sobre as cagadas atuais dele, fez paga, simples assim. (ela disse mais coisa, mas estou simplificando). O que ela questionou é por que tanta gente odeia ele? Como eu disse, 14 anos atrás eu odiava os os Hansons, Biebers da vez, e não sei dizer por que eu os odiava, na verdade não sei dizer por que eu me importava.
Moral da História: Divirta-se e deixe os outros se divertirem.
3- Bazingueiros. Sei que o termo existe por um tempo (o google me disse isso), mas não sabia disso até duas horas atrás, vi no twitter. Como uma denominação pra quem curte Big Bag Theory é até bonitinho, como os trekies ou trekers (sem entrar em polêmicas) para Star Trek.
Oque me surpreendeu é que nerds usam o termo bazingueiros para se referirem a pseudo nerds. Ai me pergunto: O que diabos é um nerd? Não tenho uma resposta muito boa pra isso. Na verdade nem diria com toda certeza do mundo se eu me considero nerd. E mais, pra que um grupo de pessoas que sempre foram tratados com exclusão, assim que assumem algum status passam a tratar outro grupo com exclusão? Deixo pra quem curte essas coisas de natureza humana responder.
Sobre esse mesmo assunto de ser nerd eu vi semana passada, no Omelete TV, um desabafo dos apresentadores sobre gente reclamando da série Game of Thrones e Braking Bad passar na TV aberta. Mais uma vez, e dai? Tá cortado, tá dublado e você não quer ver? Eu não quero, sou chato com isso, gosto de ver na integra, odeio cortes e dublagem depende muito. O que vou fazer? Reclamar muito no twitter? não, só vou mudar de canal, vou continuar vendo onde vejo e que legal que agora mais gente assiste.
Assistir alguma coisa não te torna especial, é tudo cultura pop, pra consumo, as vezes para o seu nicho, as vezes para o nicho de outra pessoa.
Acho que nesse momento todo mundo já entendeu a moral da história: Divirta-se e deixe os outros se divertirem.
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